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Poema A Espera....

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A Espera...

Abri os olhos e vi um céu com nuvens cinzas a pairar sobre minha cama....
Sei que o vento as levará embora, mas parece que ele não quer soprar!
Olho para o lado e vejo apenas um ser transparente sorrindo para mim.
Outro dia ele me falou o seu nome...
Mas o que me incomoda mesmo são as tais nuvenzinhas, se ao menos elas se dissolvessem numa chuva tranquila...
Vento, onde foi parar?
Quando levará embora as nuvens e me trará novamente o sol?


Espera...


Esse poema foi de minha autoria, espero que tenham gostado! Mas, não vá embora ainda, aqui no blog abordamos vários assuntos, algum deles pode te interessar, não é mesmo? Então, não deixe de conferir esses posts: Série Strange Things, Madredeus: Dicas de Música

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Sobre O Amor de khalil Gibran em O Profeta

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Sobre O Amor


Então Almitra disse, fala-nos do Amor.

E ele ergueu a cabeça e olhou para o povo e caiu uma grande imobilidade sobre eles. E em voz poderosa ele disse:

Quando o amor vier ter convosco,
Seguros embora os seus caminhos sejam árduos e sinuosos.
E quando as suas asas vos envolverem, abraçai-o, embora a espada oculta sob as asas vos possa ferir.
E quando ele falar convosco, acreditai,
Embora a sua voz possa abalar os vossos sonhos como o vento do norte devasta o jardim.
Pois o amor, coroando-vos, também vos sacrificará. Assim como é para o vosso crescimento também é para a vossa decadência.
Mesmo que ele suba até vós e acaricie os mais ternos ramos que tremem ao sol,
Também até as raízes ele descerá e abana-las-à
Enquanto elas se agarram a terra.
Como molhos de trigo, ele vos junta a si.
Vista-vos para vos pôr a nu.
Peneira-vos para vos libertar das impurezas.
Mói-vos até a alvura.
Amassa-vos até vos tomardes moldáveis;
E depois entrega-vos ao seu fogo sagrado, para que vos torneis pão sagrado para a sagrada festa de Deus.

Toda estas coisas vos fará o amor até que conheçais os segredos do vosso coração, e, com esse conhecimento, vos tomeis um fragmento do coração da Vida.

Mas se, receosos, procurardes só a paz do amor e o prazer do amor.
Então é melhor que oculteis a vossa nudez e saias do amor, para o mundo sem sentido onde rireis, mas não com todo o vosso riso, e chorareis mas não com todas as vossas lágrimas.

O amor só se dá a si e não tira nada senão de si;
O amor não possui nem é possuído;
Pois o amor basta-se a si próprio.

Quando amardes não deveis dizer "Deus está no meu coração", mas antes "Eu estou no coração de Deus".

E não penseis que podeis alterar o rumo do amor, pois o amor, se vos achar dignos, dirigirá o seu curso.

O amor não tem outro desejo que o de se preencher a si próprio.

Mas se amardes e tiverdes desejos, que sejam esses os vossos desejos:
Fundir-se e ser como um regato que corre e canta a sua melodia para a noite.

Para conhecer a dor de tanta ternura.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor;
E sangrar com vontade e alegremente.

Despertar de madrugada com um coração alado e dar graças por mais um dia de amor;
Repousar ao fim da tarde e meditar sobre o êxtase do amor;
Regressar para casa à noite com gratidão;
E depois adormecer com uma prece para os amados do vosso coração e um cântico de louvor nos vossos lábios.

Trecho do livro O Profeta, de Khalil Gibran